L'ennemi

Voilà que j'ai touché l'automne des idées
Baudelaire

vendredi 26 février 2010

Culpa e Liberdade: Resposta à Fricção Fictícia

        O termo culpa sempre remete à psicologia freudiana. É o sentimento de culpa que molda e delimita a sociedade. A sensação de desamparo por não se sentir culpado é comum e, de certa forma, coercitiva. Contudo, o conformismo causado pela normose da sociedade contemporânea tem como consequência o esgotamento da culpa em si mesma...
      Logo, entra em discussão outro termo: LIBERDADE. Seguindo, ainda, o pensamento freudiano, o esgotamento da culpa pode causar danos irreversíveis à concepção de liberdade... Ser liberto é ter a consciência de si mesmo, de seus desejos, de seus atos, de seus amores e de seus rancores, além de ter a consciência dos limites e das capacidades do outro.
        Assim, se o sentimento de culpa torna-se autodestrutivo, sua liberdade também é destruída. E, se a falta dele não prejudica a outrem, dane-se o que diz Freud... Deixa a carne se pronunciar, arder e consumir, ainda que seja em si mesma.

4 commentaires:

  1. Fez-me sorrir, pois não esperava um final assim.
    ...
    Um abraço.

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  2. Pois é, eu gosto de finais felizes... E viver intensamente os momentos da vida é saber ser feliz.
    Os melhores instantes da vida são vividos sem culpa, mesmo que esses instantes sejam por acaso, ou por erroneidade...

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  3. utópico não? não é verdade que os melhores momentos são vividos sem culpa, infelizmente a sociedade instala a normose e tantos bons quanto maus momentos são sempre carregados de culpa, daí vem o sentimento de que viver intensamente é sinônimo de ser feliz. Mas afinal o que é ser feliz?

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  4. Boa pergunta! Ser feliz é estar bem consigo mesmo... É ter a sensação de viver cada instante da vida, sem ter que carregar o peso do olhar inquisidor do outro. Ser feliz, enfim, é ser livre, é amar, é viver...

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