L'ennemi

Voilà que j'ai touché l'automne des idées
Baudelaire

vendredi 5 novembre 2010

Homem covarde

Crave um punhal em meu peito!
Crave um punhal em meu peito
E, depois, vá embora,
Homem covarde!
Daqueles que invade o espaço vazio,
Senta ao meu pé e reina,
Planta a semente, semeia;
Daqueles que passa como um rio.


Homem covarde! Homem covarde!
Rasgue com teu veneno minhas veias.
Morram em meus pensamentos tuas sombras.
Fechem os nossos caminhos nossas dores.

Consuma meus olhos em teu destino!
Consuma meus olhos em teu destino
E, depois vá se esconder,
Homem covarde!
Daqueles que abre o lacre corrompido,
Pisa em terreno abandonado,
Arranca suspiros do corpo dilacerado;
Daqueles que fica como um vício.

Homem covarde! Homem covarde!
Desvende o segredo desse abismo.
Atrás do medo não te enxergo.
Não suporto mais te ver aqui.

2 commentaires:

  1. O título poderia ser mais misterioso, convidativo.
    Mas o drama, peculiar a sua pessoa, não pede pra se afastar e você mesma não deixa! rsrs
    É somente mais um homem que se aproveita de uma fragilidade que ele nem percebe e assim precede um envenenamento pião, que nada mais é do que seus rastros mau traçados em seu tão necessitado coração. Tudo passa, amiga! Tudo passará.

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  2. Esse não é o título original, para falar a verdade... Mas queria resolver uma questão pendente com alguém que sempre quis saber sobre seus próprios defeitos... Nesse caso, o título foi o que chamou a atenção dele para a leitura.

    Beijos!!!

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